O desenvolvimento dos maxilares está relacionado à um perfeito equilíbrio entre língua, dentes e músculos da face. Os problemas são causados principalmente devido a quebra desse equilíbrio quando há a presença da chupeta. Devido ao longo tempo e a grande intensidade de uso, podem ocorrer certas alterações:
Fala e deglutição: a criança que fica o dia inteiro com a chupeta na boca, sem tirá-la nem ao menos para falar, pode apresentar alterações importantes no desenvolvimento da sua fala. Quando está no processo de aquisição dos sons, é importante que ela tenha possibilidade de articular corretamente os sons da fala, adquirindo tônus, mobilidade labial e lingual. O uso prolongado e frequente da chupeta pode tornar os músculos orofaciais fracos, e isso pode prejudicar os movimentos necessários e precisos para uma boa articulação da fala e deglutição.
Respiração: o desenvolvimento dos ossos da face está diretamente relacionado ao desenvolvimento da respiração. Se durante a fase de desenvolvimento do osso maxilar a chupeta estiver presente, o osso irá desenvolver-se de forma inadequada, prejudicando a respiração nasal da criança, levando a distúrbios que interferem no sono e em atividades físicas.
Posição dos dentes e mastigação: devido as alterações ósseas causadas pela a presença da chupeta, os dentes terão suas posições alteradas. Na maioria das vezes, os dentes da frente ficarão mais para fora e distantes entre si, proporcionando o aspecto de uma pessoa “dentuça”, além de maior risco de traumas dentais. Os dentes de trás não terão o contato adequado entre si, o que levará a um comprometimento na mastigação e na correta articulação da mandíbula.
QUANDO E COMO REMOVER A CHUPETA?
É importante ressaltar que para a remoção do hábito da chupeta deve-se utilizar medidas não traumáticas. Por envolver questões emocionais, é exigido uma adequada avaliação e escolha do melhor momento para a remoção do hábito. A Associação Brasileira de Odontopediatria enfatiza a importância de que a consulta com o Odontopediatra se dê o mais cedo possível, já no primeiro ano de vida. Dentre tantas vantagens, o contato com o profissional favorece o recebimento pelos pais, de orientações para ajudá-los a interromper o hábito de sucção não nutritiva de seus filhos até no máximo 36 meses de idade.